Para o Código Civil, qual o significado de coação? Blog Ana Lucia Nicolau - Advogada Para o Código Civil, qual o significado de coação?

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Para o Código Civil, qual o significado de coação?

Coação
Significado de Coação - Imagem criada pelo Bing


O que significa coação no Código Civil?

Embora o Código Civil não apresente uma definição direta de coação, ele a trata como um dos vícios do negócio jurídico, nos artigos 151 a 155. 

Dentre esses dispositivos, destaca-se especialmente o artigo 151, que estabelece:

“A coação, para viciar a declaração da vontade, há de ser tal que incuta ao paciente fundado temor de dano iminente e considerável à sua pessoa, à sua família ou aos seus bens.”

Assim, coação é uma forma de pressão, seja física ou moral, exercida diretamente sobre uma pessoa, seus bens ou sua honra, com o objetivo de forçá-la a realizar um negócio jurídico. 

Quando se comprova que houve coação, o negócio jurídico realizado sob essa influência pode ser anulado, por ter sido viciado na manifestação de vontade.

Importante informar que, negócio jurídico é um acordo entre pessoas capazes, realizado de maneira prevista em lei e com finalidade lícita, possível, determinada ou determinável. 

Ele tem como objetivo a aquisição, modificação ou extinção de direitos e deveres entre essas partes. No Código Civil brasileiro, o negócio jurídico está regulado nos artigos 104 a 184.

Considerações sobre o tema

A previsão legal da coação no Código Civil tem como objetivo central proteger a liberdade e a autenticidade da vontade nos negócios jurídicos. 

Ao reconhecer a coação como um vício de consentimento, nos artigos 151 a 155, o legislador busca garantir que os acordos firmados entre as partes sejam realizados de forma livre, consciente e sem imposições indevidas.

A coação, entendida como pressão física ou moral capaz de gerar temor fundado de dano iminente e relevante, compromete a manifestação voluntária da vontade. 

Por isso, sua existência torna o negócio jurídico passível de anulação, preservando o princípio da autonomia da vontade, um dos pilares fundamentais do direito civil moderno.

Essa previsão atua, portanto, como um importante instrumento de segurança jurídica, ao assegurar que ninguém seja forçado a pactuar algo contra sua vontade legítima.

Ela também contribui para a justiça contratual, evitando que relações desiguais resultem em obrigações abusivas ou contrárias à dignidade humana.

Além disso, a existência de um arcabouço legal que delimita e coíbe a prática da coação reforça a confiança nas relações civis e comerciais, fortalecendo a estabilidade e a previsibilidade nos vínculos jurídicos.

Objetivo das postagens desse blog

Esse blog nasceu com a missão de tornar o direito mais acessível e compreensível para todos.

 Aqui, você encontrará informações jurídicas de interesse público explicadas de forma clara, objetiva e descomplicada, sem necessidade de conhecimentos técnicos prévios.

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Cada publicação é pensada para oferecer explicações diretas e práticas, ajudando você a entender melhor seus direitos e deveres como cidadão.

Vale destacar que este conteúdo não substitui a assessoria jurídica profissional, mas serve como um recurso educativo para ampliar a compreensão sobre temas relevantes. 

Afinal, transparência e clareza são fundamentais para que a informação cumpra seu papel de orientar e conscientizar.

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