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Adoção a partir da autorização judicial de guarda - Foto: Estoque PowerPoint |
Obrigações geradas a partir da autorização judicial de guarda
A concessão da guarda de uma criança ou adolescente a um terceiro, por meio de autorização judicial, implica uma série de obrigações legais e responsabilidades que visam garantir o bem-estar do menor.
Essas obrigações estão claramente estabelecidas no caput do artigo 33 do Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei nº 8069/90, que determina:
"Art. 33. A guarda obriga a prestação de assistência material, moral e educacional à criança ou adolescente, conferindo a seu detentor o direito de opor-se a terceiros, inclusive aos pais."
Dessa forma, a pessoa que recebe a guarda assume um compromisso integral com o desenvolvimento da criança ou adolescente, abrangendo três dimensões fundamentais:
Assistência Material – O responsável deve prover todas as necessidades básicas do menor, incluindo alimentação, vestuário, moradia, saúde e demais condições essenciais para uma vida digna.
Assistência Moral – A guarda também impõe o dever de oferecer suporte emocional e psicológico, garantindo um ambiente seguro e afetuoso para o desenvolvimento saudável da criança ou adolescente.
Assistência Educacional – O detentor da guarda deve assegurar o acesso à educação formal, promovendo a frequência escolar e incentivando o aprendizado, além de contribuir para a formação ética e cidadã do menor.
Informações importantes
Além dessas obrigações, o artigo 33 do Estatuto da Criança e do Adolescente confere ao guardião o direito de opor-se a terceiros, incluindo os próprios pais biológicos, quando necessário, para proteger os interesses da criança ou adolescente.
Isso significa que, uma vez concedida a guarda, o responsável tem autoridade para tomar decisões que visem o bem-estar do menor, podendo impedir interferências externas que possam comprometer sua segurança ou desenvolvimento.
A guarda pode ser concedida de forma provisória ou definitiva, dependendo da situação específica do caso.
Em qualquer circunstância, o objetivo principal da medida é garantir que a criança ou adolescente tenha um ambiente estável e adequado para seu crescimento, sempre priorizando seu interesse superior, conforme preconizado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente.
Conclusão
Portanto, a autorização judicial de guarda não apenas transfere a responsabilidade sobre o menor, mas também impõe ao guardião um conjunto de deveres que devem ser cumpridos com zelo e dedicação, garantindo que a criança ou adolescente tenha acesso a uma vida digna e protegida.
Por fim, o objetivo dessa publicação é, exclusivamente, informar de forma clara e direta, o tema aqui colocado.
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