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Prescrição continua contra os sucessores - Imagem criada pelo Bing |
A Prescrição e Sua Continuidade Contra o Sucessor
A prescrição é um instituto essencial do direito civil que estabelece o prazo dentro do qual um indivíduo pode exercer uma pretensão jurídica.
Quando esse prazo se esgota, o direito de exigir determinada obrigação ou contestar um ato deixa de existir.
A prescrição tem um papel crucial na segurança jurídica, impedindo que demandas sejam abertas indefinidamente e garantindo previsibilidade nas relações legais.
O Código Civil brasileiro, em seu artigo 196, determina expressamente que “a prescrição iniciada contra uma pessoa continua a correr contra o seu sucessor”.
Isso significa que, se uma pessoa falece enquanto está sendo afetada pela prescrição, os prazos continuam normalmente em relação aos seus sucessores.
Quem São os Sucessores?
Os sucessores de uma pessoa falecida são aqueles que recebem seus bens e direitos por meio de herança.
Isso pode incluir herdeiros legais, como filhos, cônjuges e parentes próximos, ou herdeiros testamentários, que são nomeados em testamento para receber a sucessão.
Além disso, o espólio – conjunto de bens deixado pelo falecido – também pode ser considerado como parte responsável por continuar respondendo pela prescrição até que a partilha seja concluída.
Portanto, a norma contida no artigo 196 do Código Civil assegura que as relações jurídicas tenham continuidade e sejam conduzidas com justiça, garantindo que a prescrição não seja interrompida pela sucessão, respeitando assim o equilíbrio entre credores e herdeiros.
Importância da Regra
Essa disposição evita que a morte de uma pessoa interrompa a contagem da prescrição, impedindo que sucessores escapem de obrigações já em curso ou que um credor seja prejudicado pela alteração da titularidade de um patrimônio.
Em outras palavras, a regra busca preservar o equilíbrio jurídico e garantir que direitos e deveres sejam respeitados, independentemente da transmissão de bens e responsabilidades por herança.
Considerações finais
A regra estabelecida pelo artigo 196 do Código Civil fortalece a segurança jurídica ao garantir que a prescrição prossiga de maneira contínua, mesmo diante da sucessão.
Esse princípio assegura que a transmissão de direitos e obrigações ocorra de forma justa e coerente, impedindo lacunas que poderiam comprometer a estabilidade das relações jurídicas.
Além disso, a previsão legal contribui para um ambiente mais equilibrado entre credores e herdeiros, evitando que a mudança de titularidade seja utilizada como forma de esquivar-se de responsabilidades previamente assumidas.
Dessa maneira, o ordenamento jurídico se mantém firme no propósito de preservar o bom funcionamento das relações patrimoniais, garantindo que os direitos sejam respeitados e que a sucessão não seja um obstáculo à realização da justiça.
Por fim, o objetivo dessa publicação é, exclusivamente, informar de forma clara e direta, o tema aqui colocado.
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