STJ decide: provedor de internet deve manter armazenados os registros relativos a patrocínio de links em serviços de busca pelo período de 6 (seis) meses Blog Ana Lucia Nicolau - Advogada STJ decide: provedor de internet deve manter armazenados os registros relativos a patrocínio de links em serviços de busca pelo período de 6 (seis) meses

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STJ decide: provedor de internet deve manter armazenados os registros relativos a patrocínio de links em serviços de busca pelo período de 6 (seis) meses

Decisão do STJ
Provedor de internet deve manter armazenados os registros relativos a patrocínio de links - Imagem Criada pelo Bing


Sobre a decisão

Interessante decisão, tomada pela Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça, no REsp 1.961.480/SP, no sentido de que o provedor de internet deve manter armazenados os registros relativos a patrocínio de links em serviços de busca pelo período de 6 (seis) meses contados do fim do patrocínio e não da data da contratação. 

Entendimento do Julgado

Assim, qualquer indivíduo que tenha sido lesado por ato praticado via internet poderá demandar o provedor respectivo para obter os referidos dados. Isso com base no art. 22 do Marco Civil da Internet.

Esse dispositivo legal autoriza, a requisição judicial de registros de conexão ou de acesso daquele responsável pela guarda dos referidos dados. O propósito da requisição judicial é de formar conjunto probatório em processo judicial cível ou penal, em caráter incidental ou autônomo,  A decisão foi divulgada no informativo de jurisprudência 0721, do STJ.

Considerações Finais 

A decisão da Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça no REsp 1.961.480/SP representa um avanço significativo na proteção dos direitos digitais e na preservação de informações essenciais para processos judiciais. 

Ao determinar que os provedores de internet devem manter armazenados os registros relativos ao patrocínio de links por seis meses a partir do fim do patrocínio, e não da data da contratação, o STJ reforça a importância da transparência e da responsabilidade na internet.

Esse entendimento fortalece a aplicabilidade do artigo 22 do Marco Civil da Internet, garantindo que indivíduos lesados por atos praticados no ambiente digital possam acessar os dados necessários para a formação de provas em processos judiciais, seja na esfera cível ou penal. 

A possibilidade de requisição judicial dessas informações representa um mecanismo fundamental para coibir abusos e responsabilizar aqueles que utilizam a internet de forma indevida.

Além de contribuir para a segurança jurídica, essa decisão reforça a necessidade de uma regulação clara e eficiente no ambiente digital. 

A exigência de armazenamento dos registros por um período adequado permite que vítimas de eventuais ilícitos tenham tempo hábil para buscar a devida reparação. Isso promove maior equilíbrio entre a liberdade na internet e a responsabilidade dos provedores, garantindo que a tecnologia seja utilizada de maneira ética e justa.

O informativo de jurisprudência 0721, publicado pelo STJ, evidencia a relevância desse julgamento e sua contribuição para o aperfeiçoamento das normas que regem a internet no Brasil. 

O Judiciário, ao estabelecer esse entendimento, reafirma seu papel na proteção dos direitos dos cidadãos e na criação de um ambiente digital mais seguro e responsável.

Objetivo desse blog

Esse blog tem como propósito oferecer informações jurídicas de interesse público de maneira acessível, clara e objetiva. 

O objetivo é simplificar temas do direito para que todos possam compreendê-los, independentemente do nível de conhecimento jurídico.

Cada publicação é elaborada com base em fontes seguras e confiáveis, garantindo explicações práticas e relevantes sobre questões legais que impactam o cotidiano. 

Os textos desse blog não substituem a assessoria jurídica profissional, mas ampliam a compreensão dos direitos e deveres das pessoas, permitindo um entendimento mais claro sobre aspectos jurídicos essenciais.

A transparência e a clareza são pilares fundamentais para que a informação cumpra seu papel de orientar e conscientizar. 

Assim, o foco é a missão de tornar o conhecimento jurídico acessível e útil para todos.

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